O Beijo de Rodin

O Beijo de Rodin
A perfeição, o sublime...

24 de outubro de 2008

WISH LIST


I wish I was a neutron bomb, for once I could go off


I wish I was a sacrifice, but somehow still lived on


I wish I was a sentimental ornament you hung on


The Christmas tree, I wish I was the star that went on top


I wish I was the evidence, I wish I was the grounds


For 50 million hands upraised and open toward the sky


I wish I was a sailor with someone who waited for me


I wish I was as fortunate, as fortunate as me


I wish I was a messenger and all the news was good


I wish I was the full moon shining off your Camaro's hood


I wish I was an alien at home behind the sun


I wish I was the souvenir you kept your house key on


I wish I was the pedal brake that you depended on


I wish I was the verb 'to trust' and never let you down


I wish I was a radio song, the one that you turned up


I wish...


I wish...


Pearl Jam

11 de setembro de 2008

O sexo é tudo?

Não,
não é, não pode ser tudo, mas é muito.
Só percebemos como é importante quando não podemos, por algum motivo, tê-lo.
aquela ansiedade que nos invade, nos consome, que nos iriça a pele e seca a boca, aquele calor que nos turva a visão, aquele arrepio que nos faz estremecer...
O Desejo. O puro desejo de te fazer meu!
Quando? Quando?

27 de agosto de 2008


ontem aconteceu-me aquilo que aconteceu a muitos portugueses este verão, tive um acidente de carro. foi assustador, mas felizmente, para além de um pequeno inchaço no pé esquerdo e dois pneus inutilizados, nada mais aconteceu. outros não tiveram a mesma sorte.

uma ligeira distracção, olhando para o lado e já rodava com os pneus da direita a meio da parede de fragas que ladeava a via rápida onde seguia. um equilíbrio incerto que consegui manter, ainda não sei como, evitando capotar. nunca tive tanto medo na minha vida. naqueles parcos segundos senti-me a coisa mais frágil do mundo dentro daquele monstro de lata que ameaçava esmagar-me dentro dele. ainda não peguei no carro novamente, mas a imagem daquele equilíbrio incerto, galgando sobre as fragas não me sai da cabeça, nem o medo que senti na altura apertar-me o coração.

e dei por mim a imaginar como se sentiriam aqueles que em acidentes mais aparatosos e trágicos que o meu. morrer com tal medo no coração assusta-me, é suposto morrer-se com o coração em paz, tranquilo, feliz e não num medo incontrolável que nos diz que dentro daquele carro somos pequenos, frágeis e podemos (vamos) morrer.

1 de agosto de 2008

"Não há relógio sem relojoeiro"



Sei que muitos estranham quando digo acreditar em Deus, mais ainda quando me revelo criacionista, ou seja, que defendo a ideia de criação de mundo, por Deus, claro, e não a ideia evolucionista. Olham-me sempre com estranheza, espanto, quase choque. Como pode alguém como tu, com uma licenciatura, professor, acreditar em tamanha barbaridade, pergunta o olhar deles.

Será mais fácil acreditar que não existia nada? (O que é isso, nada?). E que depois tudo explodiu, milhões de poeiras espalhadas no espaço (Surgiu como, o espaço onde as poeiras vagueiam por milhões de anos?) que viríamos a ser nós, ou melhor, primatas e depois nós.

Para mim não é difícil acreditar que tudo neste mundo é obra de um ser maior, de uma inteligência criadora. Seria o acaso do Big Bang capaz de tamanha perfeição. Hoje alguém me dizia: não há relógio sem relojoeiro, não há obra sem criador. E nós, humanos, só assumimos o papel de criadores porque fomos criados como seres inteligentes, capazes de compreender o mundo, descobrir as leis da física e prever o tempo, porém não inteligentes (ou sensíveis) suficiente para nos sentirmos esmagados pela perfeição da criação e compreendermos que ela nos ultrapassa de uma forma que vai muito para além do nosso entendimento.

Acredito que esta descrença em Deus que grassa na nossa sociedade tem exactamente a sua origem na arrogância do Homem, que se sente senhor do mundo, capaz de tudo, porque constrói, destrói, cria, esmaga, cura, envenena... porém incapaz de olhar em redor de tudo o que faz e é, e contemplar a sua fabulosa pequenez perante a obra de Deus.

18 de julho de 2008



Amanhecia quente esta manhã de Julho, o sol repousava suave sobre as casas e tudo à volta era silêncio. Caminhei sozinha até ao carro, o meu porto de abrigo do mundo das pessoas, que me olham, que me falam, que não me deixam existir no silêncio das manhãs suaves de Julho. Carregava uma velha caixa de cartão onde guardara faz muito tempo as cassetes gravadas na adolescência, as músicas que me faziam chorar, sorrir ou simplesmente sonhar. Nessa manhã queria quebrar o silêncio mudo das coisas sem sentido com a minha música, as canções que escolhi e gravei cuidadosamente, sem pensar que um dia, hoje, adulta, as ouviria, sem pensar que ao primeiro som, à primeira palavra, me transportaria para um mundo passado, onde eu fui tão feliz e não sabia, onde ninguém me olhava, onde me deixavam presa ao meu silêncio desejado. Nesses dias passados, mergulhada em silêncio eu julgava-me infeliz.